<!-- Justiça Restaurativa -->

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De 13 a 18 de outubro Todos os dias das 07h00 às 23h00

Sobre o Evento

O que é Justiça Restaurativa

A justiça restaurativa aparece como contraposição à concepção tradicional da justiça criminal, a justiça punitiva-retributiva.

A ideia de restauração é um marco complementar e inovador na politica dos direitos humanos, sendo que sua base foi formulada por Albert Eglash, um psicólogo dos anos 50 que trabalhava com pessoas encarceradas que observou a necessidade de seus clientes entenderem e aceitarem a responsabilidade ??por seu comportamento após ferirem outros dando assim o primeiro passo no caminho da reabilitação.

Mas para trilhar o caminho da reabilitação Eglash observou também que as pessoas entendessem o valor da restituição realizada as pessoas e famílias feridas as observações foram consolidadas em seu artigo "Beyond Restitution: Creative Restitution", publicado na obra Restitution in Criminal Justice, de Joe Hudson e Burt Gallaway.

Assim essa nova visão de justiça que propôs um novo paradigma as definições de crime e dos objetivos da justiça vem sendo alvo de muitos debates, seminários e fóruns na tentativa de ampliar seus conceitos e torna-los conhecidos além de estabelecer novas práticas jurídicas.

A perspectiva do ponto de vista de uma justiça restaurativa descreve o crime como violação à pessoa e às relações interpessoais, sendo que o papel da justiça passa a ser o de restauração das violações, ou seja, a reparação dos danos causados não somente à vítima, mas também à sociedade., ao ofensor e às relações interpessoais.

Em sentido contrário, a justiça punitiva-retributiva praticada ao longo dos anos enxerga o crime como um ato meramente violador de uma norma de Estado e assim é tratada como reação a violação dessa conduta, dai a imposição de uma pena que não restaura os danos causados e nem mesmo causa evolução na consciência de quem comete o dano.

Na justiça punitiva-retributiva, há a centralização das figuras do Estado, da pena e da atribuição da culpa como forma de compensar as consequências do dano.

Essa centralização se observada pelo aspecto da racionalidade mostra que a reparação do dano é inexistente fadado a uma sensação de vingança e estimulo ao ódio entre os atores envolvidos criando ainda mais o distanciamento e a sensação de que a justiça nunca será feita não importa o tamanho da pena aplicada.

Já Howard Zehr conhecido mundialmente como um dos pioneiros da justiça restaurativa, aponta um procedimento de aproximação consensual e voluntária entre vítima, ofensor e comunidade.

Assim a justiça restaurativa posiciona-se dessa forma verificando a identificação das reais necessidades de cada uma dessas partes, e, após esta identificação propõe atender as necessidades e devidas compensações após o trabalho de reconhecer a profundidade do dano cometido e gerar a consciência de responsabilidades tanto de quem causou o dano como de quem foi vitima. .

Justificativa

Levando- se em conta que o atual sistema judiciário e penal encontra-se esgotado pela mera observação de que a violência em todas as suas áreas vem se disseminando como um câncer quase incurável no seio da humanidade havendo a necessidade urgente de uma nova concepção que apontem soluções e freie tão danoso crescimento.

O encarceramento em prisões embora façam um controle imediato da violência ao mesmo tempo tem sido um fator disseminador e não contentor desta onda.

As taxa de criminalidade em prisões aumenta e se multiplica quando colocam na convivência diária atores praticantes de crimes sem que exista nenhuma forma de conscientização para o erro cometido, sem contar que quando a prisão é efetuada o dano já foi cometido e o encarceramento embora necessário não vem produzindo os efeitos de reparação do dano seja ao individuo ou até mesmo ao coletivo..

Assim o que temos hoje é a quantidade de crimes e de criminosos estável, ou, ainda pior, aumentando pela simples ausência da conscientização da reparação do dano.

A prisão na maioria dos casos, consequentemente, em vez de devolver à liberdade aos indivíduos através da sensação de que a justiça foi feita corrigindo-os tornam os agressores serem ainda mais embrutecidos e mais violentos, além de ajudar a espalhar nas populações delinquentes perigosos e vingativos que muitas vezes se julgam vitimas da sociedade ordeira.

Dentro deste contexto temos os presídios se já não estão ficarão como já acontece em muitos países com déficit de vagas contribuindo ainda mais com o aumento do índice de criminalidade principalmente por unir vários tipos de criminosos de forma generalizada dos quais muitos podem ser de fácil recuperação.

E observando o fato de que a sociedade ordeira não pode se transformar no mostro que alveja destruir resta assim buscar uma alternativa racional através da restauração proposta pela Justiça restaurativa.

O Seminário Internacional de Justiça Restaurativa realizado em Guiné Bissau proposto pela Fundação Fundikê Na Fayê vem trazer luz a cultura de paz trazendo elementos alternativos eficazes para solução de conflitos e reparação de indivíduos através da consciência da reparação do dano cometido.

Condutas delituosas afetam não só os atores envolvidos diretamente (vitimas e criminosos), mas afeta diretamente a toda comunidade, através da sensação de insegurança e por causa do medo causando o dano da retração e fechamento de convívio das relações por causa da desconfiança.

Com isto surge o dever da sociedade organizada reavaliar o sistema existente buscando luz sobre os conflitos gerados e proporcionar um sistema reparador do dano reconstruindo a comunicação entre o ofensor e o ofendido, auxiliando e em alguns casos transcendendo o sistema penal existente.

Com sito acreditamos ser urgente a necessidade deste seminário que trará oportunidade de grande relevância para pacificação de nosso país.

Objetivos:

O objetivo deste evento prevê mais que um simples seminário de difusão dos conceitos de justiça restaurativa, o evento quer proporcionar o aumento e do debate em torno do tema e apresentação de propostas e projetos de lei que favoreça a prática da justiça restaurativa em Guiné Bissau.

A iniciativa contribua para mobilizar comunidades e instituições em geral a engajarem-se num amplo processo de fortalecimento e pacificação social, baseado nas práticas da justiça restaurativa como estratégia de promoção da cultura de paz e da prevenção ou superação de conflitos e violências envolvendo atores e sociedade, numa conjugação de esforços e partilha de conhecimentos.

O envolvimento de autoridades e agentes diretos e indiretos do poder de justiça provocará a grande participação com êxito na aplicabilidade prática da justiça restaurativa no país.

.O Seminário contará com a participação de agentes de outros países como o Brasil onde a prática da justiça restaurativa já amadurece a mais de 10 anos.

Público Alvo:

Estudantes de Direito

Funcionários do poder judiciário

Autoridades governamentais

Representantes de organizações não governamentais

Representantes de países Lusófonos

Representantes diverssos de organismos internacionais

Membros da Assembléia nacional

Membros da magistratura

Funcionário e servidores de tribunais

Advogados.

Programação Previa

Programação: Primeiro dia

Local: Hotel Ceiba

Data

Horário

Atividade

12/10/2019

08:00 hs as 18:00

Recepção Transfer e credenciamento

Programação: Primeiro dia

Local: Hotel Ceiba

Data

Horário

Atividade

13/10/2019

Abertura Oficial

19:00 hs

Leitura de nota sobre o evento

Composição de mesa:

Convidados da Mesa cerimonial:

Presidente da Republica da Guiné Bissau, Primeiro Ministro da Guiné Bissau, Presidente da Assembleia Nacional Popular da Guiné Bissau, Ministro da Justiça da Guiné Bissau

Representantes Nações Unidas, Presidente da Fundação Fondikê Na Faye ( realizadora do evento)

Hino Nacional da Guiné Bissau

Abertura Oficial: Ministra da Justiça e dos Direitos Humanos - Dra. Routh Monteiro

Palavra dos representantes da mesa e convidados

Entrega de sugestão de projeto de lei sobre justiça restaurativa ao Presidente da Assembleia Nacional.

Entrega de projeto de criação de órgão de justiça Restaurativa ao Presidente de Guiné Bissau e/ou Primeiro Ministro

Agradecimentos finais e Encerramento

21:00 hs

Coquetel de Lançamento

OBS: Possibilidade de noite de autografo e distribuição de livros

Programação: Segundo Dia

Local: Hotel Ceiba

Data

Horário

Atividade

Responsável

08:00 as 09:00

Palestra:

Justiça Restaurativa Um Marco dos Direitos Humanos / Origens e Desafios para a Guiné-Bissau

Prof. Marcelo Nalesso Salmasso – Juiz de Tribunal de Estado de São Paulo

14/10/2019

09:00 as 10:00

Palestra:

O Perfil de inteligência emocional do profissional da justiça na audição, conciliação VS Mediação de Conflitos.

Professor João Salm / Estatement University Chicago

10:00 as 10:30

Parada para café

10:30 as 11:30

Palestra:

Orientação Politica para a incursão da Justiça Tradicional e Mediação de Conflitos

Dr. Juliano Fernandes -Ministro de Interior

11:30 as 14:00

Almoço

14:00 as 15:00

Palestra:

Adaptação das leis para a implantação da Justiça Restaurativa

Ministra da Justiça e dos Direitos Humanos - Dra. Routh Monteiro

15:00 as 16:00

Painel

Experiência das ONG Guineense no Processo da Mediação de Conflitos

Udé Fati Associação - VOZ DE PAZ

Fatima Caram Cassama

16:00 as 17:00

Palestra:

Vantagens e Perspectivas Judiciais para o Processo da Reforma no Setor da Justiça

Dra. Catarina Munguambe Johane - CeCaGe

17:00

Encerramento das atividades do Segundo Dia

Programação: Terceiro Dia

Local: Hotel Ceiba

Data

Horário

Atividade

Responsável

15/10/2019

08:00 as 10:00

Visita Técnica:

Visita ao INEP-Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa / FDB-Faculdade de Direito de Bissau e Parque Natural Mbatonha

Conferencistas Estrangeiros

FONDINKÊ NA FAYÉ

10:00 as 11:00

Painel:

A Prática da Mediação e o Acesso a Justiça

Técnico de Centro Acesso á Justiça

11:00 as 12:00

Palestra:

Legislação Nacional e Mediação de Conflitos tradicionais nos Parques de Biodiversidades e das Áreas Protegidas

Mestre Welena da Silva-FDB

12:00 as 14:00

Almoço

14:00 as 15:00

Palestra:

Mediação VS Justiça Restaurativa e os conflitos em Moçambique

Associação Justa PAZ -Moçambique

15:00 as 16:00

Palestra

Justiça Restaurativa um passo para consolidação da Paz no mundo

Dra. Janet Lynn Murdock – Peace Bulding Found/ ONU

16:00 as 17:00

Palestra:

Os Avanços da Justiça Restaurativa em Portugal

IMAP – Portugal

17:00 as 18:00

Painel:

Justiça restaurativa e violência doméstica

Dra. Catarina Munguambe Johane - UEM - Universidade Eduardo Mondlane MOÇAMBIQUE e Dr. Marcos Alves da Silva - Mestre em Direito pela Universidade Federal do Paraná – UFPR - Brasil

18:00 as 19:00

As Implicações do Fato Criminoso Além da Vítima e do Agente.

Destaques ao Programa de Proteção à Vítima e à Testemunha e ao Sistema Carcerário

JOSÉ BRAZ DA SILVEIRA - Advogado – Mestre em Ciências Jurídicas e Escritor (Brasil)

19:00

Encerramento das atividades do Evento

22:00

JANTAR DE CONFRATERNIZAÇÃO / ENTREGA DE PRESENTES

Atenção: A Organização se reserva o direito de alterar data, programação do evento, a ordem das palestras e os próprios palestrantes, por motivos alheios à sua vontade, ou casos de impedimentos de participação de seus convidados.

Embora a programação esteja sendo elaborada ela se dará observando a apresentação das boas práticas para se tirar o máximo de proveito não só no critério informativo e educacional, mas no sentido prático e troca de experiência e apresentação de propostas para estruturação de órgão e apresentação de propostas de leis visando ampliar o conceito e a disseminação prática da justiça restaurativa em todo o país.

Considerações finais:

A crise no Poder Judiciário sugere a urgência tomada de medidas que possam alargar entendimentos de novas técnicas e assim possam contribuir para as soluções dos conflitos.

O grande aumento da violência, falência da pena de prisão e a falta de entendimento das responsabilidades dos atores envolvidos são argumentando que gritam pela urgência de soluções somado a crescente falta de juízes, de promotores, defensores públicos, funcionários, infraestrutura e também de condições de intelectualidade emocional etc.

Enquanto a sociedade exige do Estado que este a proteja das constantes ameaças e da violência o Estado se vê em uma situação de esgotamento e assim cada vez se torna incapaz de atender a crescente demanda de violência.

Temos certeza que a realização deste evento será um marco que impulsionará Guiné Bissau bem como aos parceiros envolvidos, não só no debate que abrirá fronteiras do conhecimento do que seja Justiça restaurativa mas porá no rumo o país da soluções do conflito e na cultura da paz.

Palestrantes

  • Dra. Catarina Munguambe Johane
  • DR.Marcos Alves da Silva
  • Dr. José Braz da Silveira
  • JOAO SALM, PhD, MPA, BL

Programação

10h00 Credenciamento; Entrega de crachás kits do evento Abertura
Local: A definir
19h00 Abertura do evento com a presença de autoridades de Guiné Bissau e de Portugal, representantes públicos e empresariais e estudantes. Abertura
Local: A definir

Entrega de projeto de lei sobre justiça restaurativa ao Presidente da Assembleia Nacional. Entrega de projeto de criação de órgão de justiça Restaurativa ao Presidente de Guiné Bissau e/ou Primeiro Ministro pelo Senador da Republica do Brasil Álvaro Dias (A confirmar ou Ex. procurador da Republica do Brasil).

20h00 Coquetel de abertura Intervalo
Local: A definir
09h00 Palestra Palestra
Local: A definir
10h15 Coffee Break Intervalo
Local: A definir
10h30 II Palestra Palestra
Local: A definir
12h30 Almoço Intervalo
Local: Palestra
14h00 - Dr. José Braz da Silveira Palestra Tema: As Implicações do Fato Criminoso Além da Vítima e do Agente Palestra
Local: A definir

(Destaques ao Programa de Proteção à Vítima e à Testemunha e ao Sistema Carcerário )

Palestrante: JOSÉ BRAZ DA SILVEIRA - Advogado – Mestre em Ciências Jurídicas. e Escritor

16h15 II Coffee Break Intervalo
Local: A definir
16h15 III Palestra Abertura
Local: A definir
18h00 Encerramento Encerramento
Local: A definir
09h00 - DR.Marcos Alves da Silva Palestra tema: Justiça restaurativa e violência doméstica Palestra
Local: A definir
10h15 Coffee Break Intervalo
Local: A definir
10h30 II Palestra Palestra
Local: A definir
12h30 Almoço Intervalo
Local: A definir
14h00 III Palestra Palestra
Local: A definir
15h15 IV Palestra Palestra
Local: A definir
16h15 II Coffee Break Abertura
Local: A definir
16h30 Debate aberto sobre Justiça Restaurativa Mesa-redonda
Local: A definir
18h00 Encerramento Encerramento
Local: A definir

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Local

Local: Hotel Ceiba, Hotel CEIBA, Bairro Militar, Bissau, Bissau
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Organizador

Pergasus Consultoria